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PROFESSORA DE ARTES - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Reflexão sobre o sistema de educação
DESABAFO I

Cada ano que passa os educadores ficam com o gosto amargo da impotência diante de gerações cada vez mais alienadas que vêm às salas de aula. Poder de raciocínio lógico...? ...Oi?
Geração celular, lan houses, Computadores pessoais, roupas de marca, sobrancelhas masculinas feitas, chapinha, MP3, MP4, fumam, bebem, se drogam, têm relações sexuais sem segurança...
Crianças e jovens adolescentes que não tem e, nem se importam em ter, um vislumbre de futuro melhor. Vivem apenas o aqui e agora!
Há um descaso com suas próprias vidas. A falta de compromisso com seu próprio bem estar e de seus pares chega às raias do surrealismo.
Não há procupação com contexto social e político do seu entorno e muito menos com o viés global.
Há uma inversão brutal de valores.
O importante é ser aceito pelo seu grupo, fazer tudo igual, vestir tudo igual, falar tudo igual... não há idiossincrasias, não há
"eu-mesmo".
Só vale o que EU tenho!
Para eu ter, eu roubo, mato, vicio e me vicio e passo por cima de todo e qualquer obstáculo vivo ou morto que aparecer pela frente. Mesmo se for pai, mãe, avós, irmãos, amigos...
A segurança desacreditada é motivo de chacota entre adolescentes durante o período escolar (e bem provável que fora dele) e, a exemplo de muitos em suas comunidades, ainda fazem planos para processar membros de corporações em serviço a despeito de "supostas" agressões e ou abuso de autoridade. Tudo de forma consciente... mas inconsequente!
Os educadores que antes vinham à escola para enriquecer a cultura sob todos os seus prismas hoje têm que envergar vários papéis: ser "pais", "mães", "psicólogos", "sexólogos" e tantos "ólogos" mais forem necessários na tentativa de trazê-los de volta para a importância de "SER".
Ainda assim, não raro, abre-se o jornal e depara-se com manchetes em que aparece professores agredidos fisicamente por alunos e, alguns casos, também por suas famílias.
Assim sendo, os educadores vivem o crucial e paradoxal sentimento: amam a profissão, mas estão sendo mortos de forma lenta e gradual pelo veneno da frustração.